quarta-feira, junho 27, 2007

Onde o sol toca no mar…


”Por todos aqueles que vi contigo, por todos aqueles que ainda iremos ver juntos ou longe, mas a pensar um no outro! É um ciclo que se renova, é um novo sorriso profundo! Quero a tua amizade para sempre. GMT e sei que vou gostar enquanto houver pôr-do-dol…”


…Lá no infinito, onde o sol toca no mar. Onde nos encontramos sempre e permanecemos juntos. Num momento de eterna beleza e cumplicidade. Nós e a Natureza perfeita…

domingo, junho 24, 2007

Com apenas 7 letras...

…Surge devagarinho, aos poucos. Surge com o tempo, à medida que o partilhamos. Começa com uma troca de olhares, com uma ténue admiração ou identificação. Desperta-nos a imaginação, a criatividade e o dinamismo. Aflora em nós aquilo que de melhor temos e os nossos sorrisos mais sinceros. Relembra-nos os momentos mais alegres que gostamos de partilhar…

…Da entrega, da troca, do bem-querer, faz-nos criar sonhos conjuntos, faz-nos querer repetidas vezes cruzar os nossos dias. Excita-nos, eleva-nos, completa-nos. É motivo de longos telefonemas, dos mais diversos temas de conversas, da entrega total do que somos. Nos momentos fortes e felizes; nos outros em que choramos, mas não tememos mostrar-nos fracos…

…Faz-nos sentir amados, importantes e queridos, faz-nos ter novidades diárias, e querer contar os pormenores dos nossos dias. Permite-nos a cumplicidade…

…Traz-nos a ânsia de umas férias conjuntas, de um novo encontro que será especial somente porque sim. Incita-nos a escrever quando estamos longe, a comprar postais e selos em todos os cantos do mundo por onde possamos passar…

…Toca-nos, marca-nos, ensina-nos. Faz-nos crescer juntos e forrar os nossos quartos com fotografias que são o que nos move. Entusiasma-nos a fazer surpresas e a viver o instante com combinações de última hora. Expande-se pelas nossas famílias e torna-nos numa outra. Torna-nos lembranças uns dos outros. Torna-nos parte uns dos outros. Torna-se para sempre, intrínseco, um sorriso profundo…

…Aquece-nos a alma. Expressa-se de milhões de formas diferentes, sem que nenhuma delas seja menor, e escreve-se em apontamentos sempre limpos, com apenas 7 letras, numa forma perfeita…

domingo, junho 17, 2007

Obrigado eu, por tudo!...


…Com o Verão à porta, terminou este fim-de-semana mais uma ano de Catequese. Como se de uma película de filme se tratasse, relembramos as actividades que fizemos, o nosso empenho, as dificuldades por que passámos, os sorrisos que esboçámos, aquilo que as crianças nos ensinaram e aquilo que as vimos crescer. Ao som das músicas que aprendemos a cantar, como se a cada instante se cumprisse em cada olhar cruzado e em cada gesto o que Jesus nos ensinou, sentimos a grande recompensa que é a amizade daquelas pequenas crianças que olham para nós com verdadeiro carinho e cumplicidade. Sentimo-las crescer alegres, dinâmicas e felizes, mas também com sentido de responsabilidade e com a certeza já forte de que a vida só adquire um verdadeiro sentido e significado quando nos entregamos uns aos outros com respeito e quando acreditamos que, neste mundo, podemos ser nós a fazer a diferença. Na despedida, olhamos para elas, damos um aperto de mão, um beijo ou um abraço, desejamos umas boas férias com Jesus e acenamos sabendo que terão sempre para nós um sorriso guardado…

… O desenho que hoje deixo foi um presente de que não estava à espera e que me foi entregue pela mãe da Margarida que não pôde ir ao nosso último encontro por ter tido uma festa do ballet, mas que se quis despedir de uma forma especial. Vindo de uma criança tão viva, alegre, bem disposta e sorridente, que palavras poderei acrescentar? Faz-me sorrir a alma!...

…Obrigado eu, por tudo! A cada um dos meus 20 meninos e a todos os pais! É um enorme prazer partilhar o que sou e o que sinto convosco…

quarta-feira, junho 13, 2007

Pai-Nosso…

…Pai-Nosso que estais no céu…

…Hoje o tema que me propuseram para reflectir coincidiu ser sobre Ti e fez-me bem. Sugeriram-mo na altura em que quis ir mais uma vez ter contigo para conversar…

…Desta vez não levava um sorriso, desculpa. Levava comigo confusões e incertezas. Naqueles dias em que o sentido da vida parece desalinhado; em que parece que tudo é e não é; em que parece que andamos todos em rectas paralelas e que nunca ninguém nos irá conhecer nem perceber completamente. Que nunca ninguém será certo para sempre…

… Nos dias em que não se cuida quem se ama; nos dias em que, na força da juventude, nos sentimos sós…

…O que leva, Senhor, alguém que amamos a não perceber o sentido com que falamos? O que leva, Senhor, alguém entregar-se sem lutar por algo em que acreditamos?...

…São vários os pensamentos que me invadem. Várias as coisas a que me refiro ao mesmo tempo. Ao lerem-se estas linhas, o sentido que lhes será atribuído dependerá de quem as lê, do tempo e do contexto, e nenhum será de facto aquele que na realidade lhes quero dar. Somos tão humanamente assim. É tão difícil entendermo-nos por completo. Pensamos tanto uns pelos outros sem nos olharmos nos olhos. Porque é que parece que cada pessoa vive uma realidade distinta? Porque é que tantas vezes parece que a nossa se torna tão isolada? Como consegues tão bem entender e acalmar todos os corações? Pai-Nosso…

…Sei que não obterei uma resposta definitiva a estas perguntas. Mas nem é isso que quero. Quero sim, aceitar esta nossa condição e vive-la! E sei que seria no fundo tão simples se seguisse apenas as Tuas regras…

…Mas não surgirão estas perguntas das nossas exigências perante quem nos rodeia e perante quem mais gostamos? Pensava que eram legítimas. É quando nos desencontramos uns com os outros que nos questionamos. Será que temos mesmo de exigir mais para nós? Sei que é importante receber, que só assim poderemos continuar sempre a darmo-nos de coração cheio. Mas recebemos todos de tantos lados! Porque é que queremos sempre de um ou outro em concreto? Se não o esperássemos dessa forma viveríamos em maior harmonia com o mundo e deixariam de nos perturbar tanto estas questões…

…Pai-Nosso, queria dar sempre de mim sem nunca esperar nada em troca, para nunca me sentir só. Queria oferecer-me sempre ao mundo, sem esperar reconhecimento. Queria imaginar a minha vida com sentido, sem que fossem incluídos olhares de admiração e de identificação. Queria que me bastassem sempre aqueles que sei que Tu tens por mim…

…É quando nos aproximamos assim de Ti, Senhor, que nos tornamos confiantes como queres que sejamos e vivemos mais para os outros, para Ti e no fundo, para nós mesmos. Acaba por ser sempre essa a origem das respostas, não é? Nesses dias, percebemos que a felicidade mora connosco, que somos livres e que os nossos dias são somente aquilo em que nós os tornamos. Aos poucos, sendo mais como Tu, percebemos a nossa vocação, aquilo que são os teus desígnios para nós e aquilo que nos enche, mas que não é estático. A cada dia, muda como nós mudamos, na nossa história limpa, e a vida toma sentido por si só e embeleza-se com a nossa diversidade. Mas como conseguir conciliar tanta coisa? Basta-nos saber equilibrar as nossas exigências e aceitar que o caminho dos outros não coincide sempre com o nosso?…

…Hoje fiquei a achar que é essa a resposta e que o equilíbrio se atinge no Teu contexto também, pois o que mais me faz ser feliz e realizado é aceitar-Te. É ter a ousadia de querer ser mais como Tu. Uma ousadia que não é pretensão, que foste Tu a pedir-nos…

…E sei que o caminho não é fácil, mas sei também que felizes não são os despreocupados, nem os desinteressados; felizes são os que lutam, os que sonham, os que dão o que são, que têm dúvidas e que partilham…

…Seguindo o que és, deixo-me levar ao sabor dos sentimentos com confiança, tendo a certeza todos os dias que, a história que escrevo é a mais bonita que podia escrever, com o meu passado, o meu presente, e com o que planeio para o meu futuro. Sempre eu, Tu, e os outros, cada um com o seu caminho até Ti, Pai-Nosso…

(Sábado, 3 de Junho de 2007)

sexta-feira, junho 08, 2007

Desconhecido…

…Penso, tendo encontrar em mim aquilo que hoje me faz querer entregar ao silêncio, mas nada me sai. Sinto-me entupido da mesma forma que têm estado os meus ouvidos e o meu nariz. Concentro-me nos assuntos que me têm intrigado, mas conversas que tenho partilhado e nos sorrisos que tenho esboçado, mas olho para eles inerte, sem conseguir ter reacção. Parece que se têm desenrolado continuamente, sem pontuação, como se não surgisse o ponto final que permite pensa-los e retirar deles um outro sorriso e uma conclusão. E neste descompasso, surge-me a vontade de deixar brotar de mim o que sinto, sem ter de o fazer. Queria sentir a caneta a correr pela folha, ou dedos soltos a teclar naquele movimento rápido que nos faz ver as letras surgirem no ecrã ininterruptamente, sem hesitar. Como se algum lado meu me tomasse e exprimisse o que sinto melhor do que eu, para me ensinar…

…Esta noite apetecia-me falar sem ter tema de conversa com um eu desconhecido. Apetecia-me falar de tudo o que surgisse, sem fronteiras, construindo jogos de frases inteligentes. Queria sentar-me para filosofar, pensar nos diferentes sentidos das coisas e nas coisas sem sentido; beber um copo e rir com vontade, sem sequer ter cumplicidade. Apetecia-me falar e ouvir alguém diferente de mim. E deixar perdido noutro universo os conceitos compreender e aceitar, por não terem sequer de ser lembrados. Queria contar uma história limpa e, ao fim se largas horas, sentir um retorno imparcial. Queria ouvi-lo explicar o que não exprimo…

quarta-feira, junho 06, 2007

Cumplicidade…

…Quando perguntei ao que te referias quando questionaste quantas oportunidades ainda tínhamos para recuperar, estava a brincar. Respondeste amizade, mas eu acho que responderia cumplicidade. É claro que percebo o que queres dizer, mas parece que a Amizade, o querer bem, o relembrar das coisas que já foram e que nos tornam importantes um para o outro, não se tem de recuperar. Tem é de se permitir deixar continuar a alimentar. E isso é com cumplicidade, entrega e tempo dado. É isso que me pergunto a mim também. Quantas oportunidades ainda teremos para recuperar...