Um novo ano…
…Serei porventura das pessoas mais amadas do mundo? Como posso entender de outra forma as oportunidades e as graças? Hoje olho para trás e vejo apenas crescimento, unidade e sorrisos. Num só ano, foram seis as viagens que me levaram a lugares magníficos e a conhecer novas culturas. Num só ano, o inicio da minha formação como animador, uma maravilhosa caminhada de aprofundamento da Fé até Santiago de Compostela e tantas conversas que me trouxeram ensinamentos que se mantêm ainda hoje claros como se tivessem acabado de me ser ditos. Por Lisboa, por Fátima, Leiria, Évora ou pelo Porto, deixo hoje tantos novos amigos que me tocaram de forma tão única e especial com as suas partilhas, com uma cumplicidade que tantas vezes é tão difícil de conseguir. E aqui mesmo, ao meu lado, tantas foram as novas experiências em grupo, tantos os novos projectos que conseguimos realizar. Com a tese quase escrita, houve tempo para conhecer melhor a vida de São Paulo, para me entregar a mais um projecto de teatro que me encantou, para tão boas caminhadas com tantos Grupos de Jovens. Muitos foram os encontros que preparei e diversos os espectáculos que tive a oportunidade de assistir. Acolhido entre as paredes de minha casa cada vez mais composta com tanto carinho, surgiram inúmeros pensamentos, surgiram tantas orações. Neste ano que tanto me acariciou, ajudei a minha irmã a procurar uma casa para si, tive vezes sem conta longas conversas com a minha mãe, voltei a visitar os lares de crianças em Caneças, e fui pela primeira vez dar comida aos sem abrigo de Lisboa. Neste ano que me transformou, voltei a celebrar a minha amizade com os amigos que me aguardam todos os anos nos Açores, fui a pé de Leiria até Fátima, participei em seis retiros e em tantas actividades com jovens. Mais um primo meu se casou e fez-me sorrir profundamente, festejei o Carnaval em Torres e os Santos populares em Lisboa. Lembrei-me várias vezes de me sentar perto do pedinte que todos os Domingos encontro à porta da igreja quando chego para celebrar a Eucaristia, e partilhei várias vezes sentimentos meus frente a tantas pessoas. Tive amigas que foram mães e fui visita-las a casa, e emprestei também a minha casa a amigos que ma pediram para partilhar comigo. Fiz diversas apresentações orais dos meus trabalhos, e escrevi novos artigos ao mesmo tempo que terminei finalmente as minhas experiências no laboratório. Este ano conheci-me mais profundamente, propus-me a chegar ainda mais perto de tantas pessoas que constroem comigo todos os dias pedaços deste todo que é tão importante para mim e comecei a namorar. Propus-me olhar para um futuro construído a dois, na Sua presença e fiz o meu primeiro retrato a carvão. Este ano falhei várias vezes e tive de me levantar, penso que tirei algumas boas fotos, dei muitos bons mergulhos, vi três estrelas cadentes em Lisboa, e contemplei sem me cansar tantas paisagens do cimo de montanhas. Lembrei-me de correr, de saltar e de dizer o quanto amo tantos que são especiais para mim. Foi um novo e refrescante ano que está agora a terminar…