terça-feira, janeiro 19, 2010

Deus é, isso basta…

E, quando estiveres voltado para Deus, não voltes a debruçar-te sobre ti. Não perguntes a ti próprio em que ponto estás a respeito de Deus. A tristeza de não sermos perfeitos, de nos descobrirmos pecadores, é ainda um sentimento humano, demasiadamente humano.

Basta simplesmente nada guardar para si. Nem sequer essa percepção aguda da nossa miséria. Desprender-se de tudo. Aceitar ser pobre. Renunciar a tudo o que é penoso, e ainda ao peso das nossas faltas. Já não ver senão a glória do Senhor e deixar-se iluminar por ela. Deus é, isso basta.

O coração como a cotovia ébria de espaço e de azul. Abandonou todo e qualquer cuidado, toda e qualquer inquietação. O seu desejo de perfeição mudou-se num simples e puro querer de Deus. Não te preocupes tanto com a pureza da tua alma. Volta o olhar para Deus. Regozija-te por Ele ser toda a santidade. Dá-lhe graças por causa d’Ele mesmo. Isso é que é, irmãozinho, ter o coração puro.”

(Adaptado de a “Sabedoria dum Pobre” de Elói Leclerc)

…Porque por vezes quase que paramos por não percebermos que a santidade não é uma realização do nosso eu, nem uma plenitude que nos damos a nós mesmos. Acima de tudo, é um vazio que descobrimos em nós e que aceitamos que Deus venha encher…

terça-feira, janeiro 12, 2010

Um olhar que vê…

…Olhando-os penetrantemente, via neles apenas os dons de Deus.
Separava o pecado dos pecadores, e amava-os.
É como eu me sinto diante de ti: tu és o Jesus que vem ter comigo.
Do que é que eu não posso falar contigo sem que saibas separar o pecado do pecador?

Sem que me olhes apenas com o que Ele colocou em mim...