quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Passeando em Roma…

…Imerso na história de que me sinto fazer parte. Sim, foi assim que me senti em Roma. Vagueando pelas ruas, na graça da companhia de quem mais sinto ter consciência da importância da unidade em cada aspecto concreto, descortinava o barulho das aves e do rio por entre os demais que nos invadem a toda a hora, como em qualquer outra cidade. Mais do que tocar neste ou naquele pormenor que a compõe, senti-me tocado. Não fui mais eu que nela caminhei observando as suas cores e contornos; não fui mais eu que entrei nas suas basílicas, que observei os seus frescos, que rezei nas suas igrejas ou visitei as suas fontes nas praças que se estendem para serem preenchidas; foi ela que me percorreu, me observou, me olhou com carinho e me rezou. Fez-me olhar para dentro, fez-me sentir de novo. Inundou-me da graça que a obra exprime, que a arte nos sugere, que o tempo nos demonstra e que se concretiza no Amor. Das ruínas romanas que não são mais do que aquelas que também guardamos em nós, até ao Vaticano, que surge do nosso esforço no caminho que percorremos, cheio de marcos, símbolos e questões; surgiu-me a convicção de que muito mais do que esquecidos, percorremos juntos este caminho que nos leva à valorização do mais alto valor humano. Passeando em Roma, ao mesmo tempo nos sentimos pequenos e infinitamente grandes, mergulhados no mistério que foi o mesmo que, em tempos, permitiu que tantos construíssem tantas coisas belas numa cidade só…

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

É verdade... «tantas coisas belas numa cidade só...». A beleza é o que soubemos olhar e ver com o coração.
O Principezinho continua actual.
Abraço.

5:41 da tarde  

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