O Profeta…
“O Mestre respondeu, dizendo:
juntos ficareis para sempre.
Ficareis juntos
quando as asas brancas da morte
dispersarem os vossos dias.
até na silenciosa memória de Deus.
e que os ventos do céu
dancem no meio de vós.
Amai-vos um ao outro,
mas não façais do amor um empecilho:
seja antes um mar vivo
entre as praias das vossas almas.
mas não bebais por um só copo.
mas não comais do mesmo bocado.
mas permaneça cada um sozinho,
como estão sozinhas as cordas do alaúde
enquanto nelas vibra a mesma harmonia.
mas não a guardar um ao outro.
Porque só a mão da Vida
pode conter os vossos corações.
mas nunca demasiado próximos:
porque os pilares do templo
elevam-se, distanciados,
e o carvalho e o cipreste
não crescem à sombra um do outro.”
(Khalil Gibran)
…Deixo poemas nos dias em que os sentimentos passam por mim a correr revoltos e entre o fluir do tempo não encontro o espaço suficiente para deixar a minha alma exprimir-se por palavras. Há poemas que poderíamos ter sido nós a escrever…
5 Comments:
Quando citas alguém,
finges tomar por empréstimo
as suas palavras.
Mas, em verdade,
apoderas-te delas
para dizerem o que te pertence…
o que vai no teu íntimo.
E não há nada mais teu,
profundamente,
do que a tua intimidade.
Às vezes falta a inspiração
e sobra a transpiração
na hora de escrever.
Quando assim é,
há que evitar desidratar-se!
Foi o que fizeste,
citando Khalil Gibran,
e acrescentando uma pequena nota
de desculpabilização.
Inteligente!
Gostei.
=)
Por minha ignorância,
fiquei sem entender a reacção.
Tenho uma lista completa de sinais de sms,
e essa tua sinalética não está incluída.
Gostaria que traduzisses para mim.
Desde já, obrigado,
senhor engenheiro.
:-)
Maravilhoso...
Beijo grande Tiaguinho!
Sara
Eu sou apenas, quem tudo vive,
Sou quem tudo sente;
Saberei gerir as minhas atitudes?
Saberei respeitar as atitudes dos outros?
Por vezes, deixo os sentimentos vazios de sentido.
Sentimentos que se parecem com as nuvens,
Com aquelas nuvens que aparecem soltas no céu num lindo dia de sol,
Vindas não sei de onde,
Que caminham não sei para onde.
Será que têm rumo ou esbarrarão em qualquer coisa que lhes apareça na frente.
Desorientada com o desconhecido que me invade,
Sinto-me perdida;
Procuro fervorosamente um porto seguro;
Qualquer coisa que construi,
E que me fará erguer novamente, em cima de alicerces de esperança…
O astro rei…
De longe, sede-me, aos poucos, seus raios quentes de luz brilhante;
Ergo a minha cabeça lentamente na sua direcção,
Como uma flor que deixa suas pétalas coloridas, timidamente saírem do pequeno botão verde,
E aí sim, novamente brilhará em minha vida…
Toda a luz de Deus…
Beijinhos…!
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