quinta-feira, maio 17, 2007

Mensageiros…

“Aquele que dá a sua vida aos outros
Terá sempre o Senhor”

…De repente, entre o aglomerado de sentimentos bons que já pareciam tomar forma em mim, depois daquele contacto rápido, olhei para cima, agradeci-Lhe, e senti uma enorme felicidade e um arrepio que me percorreu todo o corpo. Vestida daquela forma simples, com a sua voz suave, naquele que era o momento central de toda a celebração e em que se ouvia apenas o coro cantar, foi para mim como imagino serem os anjos que voam mais rente ao solo para nos fazer, tantas vezes, arder o coração. Sem sequer a conhecer: um mensageiro. Um calor bom e doce que surge para nos renovar e para nos encher a alma. Num daqueles momentos que transformamos num sinal, que nos motiva e direcciona…

…Naquele instante em que, de certa forma, resumo toda a atmosfera em que nos conseguimos envolver naquela comemoração, foi como se o inspirar fundo me trouxesse tudo aquilo de que ainda precisava. Como resultado da nossa comunhão, nascido unicamente do sentimento mútuo e do olhar, o conforto final. O sentimento partilhado que fez com que tudo tenha corrido tão bem. A gratificação, o agradecimento e o reconhecimento que não é pronunciado, mas que se sente com o coração. Aquele sentimento que inflama, que é muito maior do que qualquer um que se possa expressar ou materializar…

…Esta parte do refrão foi escrita para ti, disse…

…Foi como tivesse sido confirmado todo o Sentido, como se O visse a sorrir fitando-me nos olhos também. Era essa igualmente a origem do meu sorriso de orelha a orelha. Esboçava-o porque O sentia, como neste momento O sinto. E apenas com o esforço relativo de quem ama, sem um instante físico mensurável que o delimite, naquela fracção de tempo que durará para sempre, foi como se de facto já tivesse sido feita a diferença. Como se já tivesse valido a pena. Como se o coração daquelas 44 crianças e de alguns dos seus pais, já tivesse sido para sempre marcado por sentir presente Jesus nos seus corações, e eu recebesse o relatório a confirmar. Como se, mais uma vez, nos tivéssemos tornado harmonia, comunidade e aliança. Neste compromisso que nos relaciona, que nos torna mutuamente importantes, em que todos nos encontramos unidos…

…Senti aquele momento como se naquele instante o meu arrepio fosse o teu arrepio também. Senti-o, porque ela o sentiu, porque o sentiram decerto aqueles olhinhos pequenos, brilhantes e felizes que eram naquela manhã todos aqueles meninos que por vontade própria ali estavam. Por sentirem connosco, que lhes procuramos dar testemunho, vontade de se exprimirem, vontade de abraçar e de brincar, vontade de crescerem nos dias de hoje marcando a diferença como também Ele marcou…

…Foi enquanto cantava também, como quem reza, na altura em que, depois de comungarem pela sua primeira vez, se ajoelhavam perante Ele e, como pequenos grãos de trigo, se união e Lhe davam a mão…

3 Comments:

Blogger Cacao said...

e essa alegria toda, essa emoção, tive-a eu a ler isso.

qe giro, estou impressionada com o q escreveste.

Ainda bem q estive a cantar no coro nesse dia, eheh. :) Fico contente.

Um grande beijinho,
carolina!

5:52 da tarde  
Blogger Cacao said...

Se o grão de trigo não morrer na terra é impossível que nasça fruto.

6:01 da tarde  
Blogger Tiago Krug said...

Fico ainda mais contente Carolina!
Obrigado! =)

Gosto imenso quando nos juntamos todos no coro!
E os frutos têm sido bem visiveis! =)

Para além disso e óptimo termos algo que junte os vários grupos da paróquia.
Faz com que tudo tenha ainda mais sentido! =)

Beijo!

6:02 da tarde  

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