terça-feira, setembro 15, 2009

Num acto de amor…

… Há dias em que temos de sair de nós mesmos para nos observarmos e darmos a conhecer. Há dias em que é possível tornar uma partilha num acto de amor. Dias em que Deus nos dá a clareza que nos faz conseguir exprimir cada sentimento, em que nos faz embalar na marcha certa das palavras que nos permitem voltar a saborear cada pormenor do que nos faz arder o coração…

…Há dias em que nos surge claro todo o entendimento, em que redescobrimos numa conversa novas formas de expressar aquilo que nos orienta e sustenta. Dias simples e completos, como aqueles em que nos lembramos que não é preciso fazer nunca nada por ninguém, mas sempre algo com alguém. Em que nos apercebemos que podemos ver em quem nos rodeia o rosto de Quem nos ama, e que ainda assim podemos ser nós a pega-Lo ao colo…

…Há dias em que ficamos acordados até tarde sem querer que terminem. Dias em que nos sentimos em harmonia, na paz de Cristo, e em que deixamos de conseguir perceber as fronteiras ténues entre o tu e o eu. Dias em que o amor dá lugar, novamente, à comunhão…

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Há momentos em que saímos de nós e vamos ao encontro do outro, numa experiência mística de amor, em que o tempo se eterniza... São momento de partilha e comunhão, são momentos de Deus em que o céu fica mais próximo. Dois ingredientes: amor puro e reciprocidade, o resto vem por acréscimo.

MiM

11:17 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

É tudo tão contraditório, trabalhamos, lutamos arduamente para nos aproximar-mos de uma perfeição que nos espera, que anseia pela nossa presença, que foi feita para a gozar-mos e não para que permaneça distante, com a imagem de que é impossível alcança-la, uma perfeição que existe e que se vive a cada momento, quando não tivermos a hipótese de prenunciar, sentir e identificar nas nossas vidas a expressão que repetes sucessivamente: “há dias em que…”.

Não deveriam existir os “há dias”, estes dias deveriam ser sempre “todos os dias”. Não os devíamos identificar no meio dos outros, porque o andar fora de nós próprios sem nos escondermos de algum modo, é irmos a caminho da perfeição. Os dias são partilhas e sempre em actos de amor, para que o nosso coração rejubile sempre nesse amor. Deus dá-nos a clareza, nós é que temos de andar de olhos abertos.
O entendimento é sempre claro, os dias são sempre simples e se somos uma família, se somos um só em Cristo, então tudo deve ser feito com os outros e não pelos outros, o Homem é que um ser complicados e torna as coisas simples em coisas complexas.
No dia, em que o seu terminar, não nos transmita o sentimento de não querermos que ele termine, porque os sentimentos são eternos, porque a paz de espírito é abundante…
No dia em que nos deixarmos adormecer na certeza de voltar a acordar com os mesmos sentimentos e no mesmo ambiente de festa e felicidade…
É porque as barreiras desapareceram…
É porque sim…
É porque finalmente atingimos esta família…
Atingimos a verdadeira comunhão!...
Felicidades… beijinho, Paula!

3:04 da tarde  
Blogger Tiago Krug said...

Paulinha! =)

Eu não vejo a contradição!
A plenitude em Deus podemos viver de inúmeras formas e também de acordo com os dons que temos.
É claro que no dia a dia, todos os dias, podemos com os nossos gestos ser comunhão e chegar à perfeição de ser essa grande família que referes.
Mas assim como há dias em que nos damos ensinando, outros em que nos damos aprendendo, uns em que nos damos trabalhando e outros divertindo-nos, há dias em que Deus nos presenteia com a possibilidade de numa conversa sentirmos a mais perfeita comunhão.
Essas conversas não surgem todos os dias, mas cada um deles em que surgirem, poderemos festejar.
Há dias em que nos sentimos tocados de uma forma, outros em que nos sentimos tocados de outra.
Seremos em todos, olhados e amados pelo amor de Deus que nos serena e cuida. =)

De qualquer das formas, concordo com cada palavra tua e agradeço! Temos de ter uma das nossas conversas brevemente!
Sabes, lembro-me todos os dias de ti, mas há dias em que sorrimos juntos ao telefone! Outros, em que nos juntamos nessa ilha linda! =)

Beijos!
Ti =)

3:43 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Tiago, para mim a contradição está naquilo que disse que a vida tem para nós, a perfeição que nos espera, mas que muitas vezes não sabemos viver, interpretar e colher.
Quando digo isto estou a olhar para mim mesma e a identificar essas faltas na minha caminhada.

=), Paula!

4:10 da tarde  

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