domingo, setembro 30, 2007

Arrepio…

“a pele
separa
o interno
do externo

a poesia
junta.”

Paulo Madureira


…Hoje arrepiei-me. Foi curioso, porque nem enquadrado me estava a sentir. Permanecia mais pelo compromisso, pelo valor que dou à palavra e pelo valor que ela me dá a mim. Cercavam-me acima de tudo os pensamentos confusos que me têm invadido; daqueles que nos surgem em períodos de avaliação, de retrospecção e de decisão, e que nos fazem questionar. São tempos em que a razão nos avisa que talvez não nos devamos deixar levar sempre apenas pelo coração, mas em que não sabemos se a queremos ouvir…

…Pés na terra. Pés na terra. Como mantê-los na terra se a cabeça anda no ar, se o espírito não pára de voar? O que é mais importante escutar?…

…Foi então que a multidão reunida interagiu, sem saber, com o meu pensar. Junto da imagem que surgiu e no ambiente que me ajudaram a criar, o interno e o externo juntaram-se de novo: o coração e a razão. E fez-se de novo, poesia. De novo, o deixar amar, no momento em que me voltei a lembrar que também é possível sonhar com os pés no chão…

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"Pés na terra. Como mantê-los na terra se a cabeça anda no ar, se o espírito não pára de voar?"

É esse o grande desafio, manter o equilibrio frágil entre o que nos eleva no ar e o que nos puxa para a terra.

Beijinho =)

Sarita

11:19 da tarde  
Blogger Tiago Krug said...

Sim, sem dúvida que é isso mesmo!
Quer a razão, quer o coração, trazem-nos tantas oportunidades que nos tornam no que nós somos e são o motivo dos nossos sorrisos...
O que acontece é que por vezes nos abrigamos mais para um lado do que para o outro, ou nos conseguimos projectar melhor num deles, mas seria um desperdício não saber aproveitar o melhor dos dois!
Não faze-lo, seria como ser tão estupido como os que desejam querer voar sem asas, ou como ser tão estupido como os que não desejam voar...

Sorriso!

11:41 da tarde  

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