segunda-feira, julho 05, 2010

Unidos por algo mais…

…Reencontro em ti o conforto de me sentir na casa do nosso Pai do céu…

domingo, julho 04, 2010

Acordo…

…Acordo ainda sem saber onde estou e quem sou. Aparentemente reconheço o espaço, sinto com o meu tacto a textura de cada um dos objectos que me rodeiam, mas pergunto-me o porquê de ser esta a forma, o porquê de ser este o corpo. E há então um eu que divaga tentando reencontrar-se. Volto aos poucos a entrar em mim, consciente de que não tenho morada. O que pode então prover de sentido toda esta existência que o perde se nos concentrarmos numa só alma? Como poderemos escolher nós uma casa e um lar, e ter um só pai e uma só mãe, um só esposo ou uma só esposa? De quem será esta vida que nos é dada, esta possibilidade de usarmos o dom da nossa liberdade que nos faz determinar os nossos gestos? Temos de correr conscientes. Temos a cada instante de relembrar as imagens que nos movem. Adoptemos formas, pensemos em estratégias, tomemos pulso. Poderemos usar a força que temos para chegar mais longe, poderemos aprender com quem nos deixa uma mensagem positiva que nos toca, poderemos voar se apanharmos o balanço daquilo que nos é deixado como herança. E o mundo brilhará mais completo se cada sorriso na terra acompanhar uma estrela no céu. Encontraremos a continuidade que dá forma, que confere sentido, que desperta o pequeno ser sedento de vida que existe em nós. Concentremo-nos no que nos diz o Espírito. Ele continuará sempre a segredar-nos lentamente ao ouvido as coisas que por vezes nos custam interpretar, mas que sabemos no nosso interior que são aquelas pelas quais devemos optar. Respiro fundo. Tenho no coração uma vontade enorme de amar. Quero pular, correr, dar graças e louvar…

sábado, julho 03, 2010

De mãos dadas...

…Olho para ambas as mãos. Que têm elas feito? Deixo-as descansar um pouco. Os meus dedos assumem curvados a sua posição mais confortável. Tenho justificado a saúde que têm? Sinto algo estranho, como se eu fosse apenas um dos corpos que escolheste para viver. Fora de mim, tudo teria o mesmo sentido, tudo assumiria exactamente a mesma forma. Procuro comprometer-me para além dos meus limites. Há momentos em que quase me perco, não sabendo em que morada devo repousar. Ouço ao longe uma música que toca chamando por mim e sigo sem saber qual o caminho exacto. Apenas sei que anseio chegar sem que dêem sequer pela minha presença, para ficar simplesmente a escuta-la. Nesse momento estarei no mesmo sítio em que fui lançado; estarei nos mesmos locais onde um dia fui tocado; estarei contigo, percorrendo de mãos dadas todo o universo de aventuras que temos para viver. Permanecemos juntos para voltar a mostrar que são possíveis milagres, que é possível o amor vencer, que me posso esvaziar para nos tornarmos um só. Um só em pensamentos, um só em gestos, um só na vontade recíproca do bem-querer, do caminhar contínuo na direcção do infinito. Deambulo para além de mim, é relativo o que sente o meu corpo quando nele tocam. Sou estrangeiro. Há dias em que me procuro apegar aos pequenos fragmentos do ter no momento presente, mas apenas nos poderemos completar na eternidade. Volto a olhar as minhas mãos. Depois exercito-as, abrindo-as o máximo que consigo. Encontro nelas dom. Aquele mesmo que me permite através delas assumir compromissos e viver coerentemente o ideal…