Olhando-te nos olhos…
…Grandes, brilhantes e expressivos. Concentrados neles vemos a profundidade do azul do mar. Ao mesmo tempo transportam a alegria que acompanhas com o teu sorriso espontâneo e rasgado, e o pesar de uma vida que não tem sempre apenas dias em que o horizonte nos espreita pela janela. Estavas bonita. Aliás, foi as primeiras coisas que te disse, olhando-te nos olhos. A tua expressão transmitia a saudade doce que guardavas no teu coração. De novo, no mistério do espaço celeste, os nossos caminhos voltaram a cruzar-se, voltámos a poder encontrarmo-nos no mesmo espaço físico, como se tivesse sido Ele a conceder-nos esse privilégio nos Seus planos. Connosco estavam também as pessoas que nos unem, que preenchem as nossas histórias e partilhas. E fomos celebra-Lo cantando e comungando...
…Foram novos os momentos em que o soar das entranhas da terra se fez sentir. Aqueles instantes em que ela comunica e se junta ao céu. E sem precisarmos de falar, trocamos um olhar de entendimento, um sorriso que nos diz que ambos temos uma só missão no mundo: olhar com os olhos de quem ama. Por isso rezas o que sinto, por isso me reencontro na tua oração, nas lágrimas que dizes que os sentimentos te fazem rolar e que sinto, sem mesmo as ver rolando redondas pela tua face. A ti sempre te encontrei de uma só forma: iluminada por uma luz qualquer que reflectes. E estás presente mesmo quando não nos vemos, como a Lua…