quinta-feira, abril 30, 2009

Habeas Corpus…

“Quando eu era criança,
falava como criança,
pensava como criança,
raciocinava como criança.
Mas depois que me tornei um homem,
deixei o que era próprio de criança.
Agora vemos como num espelho
e de maneira confusa;
mas depois veremos face a face.
Agora o meu conhecimento é limitado,
mas depois conhecerei como sou conhecido.
Agora, permanecem estas três coisas:
a fé, a esperança, e a caridade.
Mas a maior de todas, é a caridade”

1Cor 13, 11-13

…E é assim envolto que desta vez subo ao palco e me deixo levar. Guardo comigo uma ansiedade por cada momento e não o nervoso que lhe poderia roubar o lugar. Seremos, nesta peça, como o foco que poderá apontar o caminho. A mensagem é a mesma que merece de mim todo o respeito, admiração e fascínio: a profundidade dos textos, o potencial de cada palavra, e o Espírito que nos impele por meio dela. Não me canso de contempla-la e de descobrir a sua riqueza. É bom sentir que tomo parte de mais este projecto, é bom sentir que gostam. Se fizemos algo, se fomos ou somos, decerto, é porque o foi ou é, com caridade…

sábado, abril 25, 2009

Agradecer e contemplar…

…Quando o contentamento que trazemos é tão grande que não o conseguimos guardar em nós. Quando nos impele a expressarmo-nos, quando através do nosso corpo e dos nossos gestos o queremos demonstrar, que saibamos sempre entregarmo-nos sem receios. A cada dia que passa, saberemos melhor agradecer e contemplar…

domingo, abril 19, 2009

Entrega…

…Novamente reunidos. De novo a troca de olhares, o sorriso de vermos que voltámos quase todos para mais esta etapa do caminho que nos propomos percorrer. Trouxe comigo um símbolo, aquele que representa onde normalmente mais me dou e entrego. Trouxe comigo, para partilhar, memórias de palavras que me marcaram. E da partilha, surgiu a confirmação da vontade e do desejo de viver em comunhão, de não deixar calado o que sinto e o que ouço, de querer inundar todos os que assim desejem da força e do sentimento que me fazem sorrir. Reflectindo sobre tantos que um dia marcaram pela sua entrega e pela sua fé, relembrei chaves que me guiam, linhas orientadoras, um algo que se partilha porque é vivido na plenitude do Amor. Saio fortalecido pela sensibilidade de cada um que comigo esteve, pelas suas formas sensíveis de serem, e de se tornarem rosto de Deus…

(Segundo encontro da Formação de Animadores)

segunda-feira, abril 13, 2009

O cantar dos anjos…

…É já tarde, todos os barulhos do mundo se esconderam para que eu possa descansar. Surge à minha volta o significado que conferi a cada “nada” que no barulho construí. Sinto o silêncio do cantar dos anjos. Porque é que quase todos pensam que o cantar dos anjos é apenas um cantar de se ouvir?...

domingo, abril 12, 2009

Nos últimos minutos do dia…

…E outro fim-de-semana grande e completo chega ao fim. Agora que me deito, o tempo surge-me com contornos mal definidos. O antes e o depois parecem-me misturados e sinto saudades mesmo daquilo que acabei agora de deixar. Foram muitos os momentos e grande a intensidade dos sentimentos que neles trocamos e vivemos. No descanso, retornam todos juntos enquanto escuto os últimos minutos do dia a passar. Mais uma vez aqui estou, aparentemente sozinho, na luz ténue em que apenas poderiam distinguir o meu vulto. Estou decerto envolto da paz que colho para semear. Estou tranquilo na certeza de que, no Seu mistério, continuo a trilhar o meu caminho certo…

quarta-feira, abril 08, 2009

Edinburgh…

…Foi assim…

segunda-feira, abril 06, 2009

Ao som de gaitas de foles…

…E seguiu-se Edimburgo, à distância de outras duas viagens de avião. Coloquei de novo roupas mais quentinhas na mala; estava arrepiado, como quem regressa ao terceiro inverno rigoroso no mesmo ano. Valeu a pena: o frio da cidade foi compensatoriamente substituído pela beleza dos seus edifícios de aspecto medieval, pelas suas igrejas e montanhas. Aqui e ali, um homem de kilt, e por todo o lado, preenchendo os contornos verdes dos montes ou os recantos das ruelas mais apertadas, o som melodioso das gaitas de foles que não paravam de tocar. Nas ruas, marcadas pelo seu ar misterioso, parecem permanecer as feitiçarias de antigamente. Sente-se a forma rude dos hábitos de outrora na cor seca das casas, nas árvores nuas que rasgam o azul do céu com os seus ramos. Os dias de hoje suavizam-na, trazem os autocarros de dois andares, a educação das pessoas que sabem bem acolher, e o chá, a todas as horas. Num instante, ainda dentro da cidade, subimos a mais uma montanha onde brincam crianças que passeiam com os seus pais. Os mais velhos levam livros que folheiam lentamente ou meditam virados para toda a cidade que se estende aos seus pés. Dali de cima, toda ela se entrega, protegida apenas por uma pequena neblina que persiste. Conseguem-se descriminar os táxis pretos que circulam, as cabines telefónicas vermelhas que permanecem vazias, e os corvos voam e saltitam de um lado para o outro. A noite põe-se, os cemitérios preenchem-se de turistas e continua interminável esta tensão da magia que se une ao seu lado obscuro. As flores, os lagos, as ilhas, as focas que por lá vi também e as ruínas que visitei. O passeio de barco, os jantares em locais bonitos, as pessoas todas que conheci de tantos lados: ficarão nas minhas memórias boas de viagens que me fazer manter esta vontade de começar já a pensar na próxima. Fui em trabalho, aprendi e gostei, gostei muito…

sábado, abril 04, 2009

Gostava de vos poder ver e abraçar…

…Gostava de vos poder ver e abraçar. Espero que me sintam ai convosco. Estão no meu pensamento, naquilo que por vezes me faz distrair e perder entre as apresentações em que me procuro concentrar. Estou longe, mas espero que chegue ai este sentimento: o que querer também tocar. Sorrio. Imagino-te bonito com um fatinho arranjado, penteadinho e de olhos bem abertos, azuis. Gostava de te pegar ao colo e, com as mãos por debaixo dos teus braços, elevar-te bem alto e ver-te contente a sorrir. Sei que estás rodeado de muito amor e acredito que é isso que acima de tudo nos faz sentir crescer completos e felizes. Hoje, no teu primeiro aniversário, estás de parabéns, assim como os teus pais. A partir de hoje, o dia em que foste baptizado, tens em ti a luz que nos faz ver claro o caminho que percorremos. Sinto-me ainda mais feliz por saber que te posso ver crescer. Estou longe, mas espero que chegue ai este sentimento: o que querer convosco comemorar a vida…