domingo, novembro 30, 2008

Obrigado…

…Obrigado meu Deus por me apoiares quando ando distraído. Desculpa-me as vezes em que me deixo ser apenas porque sim. É que delimita-las não é linear. Não é a confiança, no primeiro contacto, e para que possa crescer, um porque sim também? Ajuda-me a medir sempre com ponderação os meus passos. Sei que olhas por mim. Que nunca me envergonhe por me estares a olhar. Amo-Te…

quinta-feira, novembro 27, 2008

Então vale a pena…

…Sabes,
no outro dia sentia-me mais triste também,
mas escrevi que tenho acima de tudo Sonhos, Amor e Fé,
ou quase só isso.
Era o que sentia,
é ainda o que sinto.
Quero que a minha história tenha sentido
sem que tenha de andar a correr atrás dele.
E sim, os meus amigos ajudam a dar-me sentido àquilo que vou construindo,
ao que vou aceitando como o meu caminho mais bonito.
Às vezes as pessoas colocam em nós expectativas,
talvez como fruto daquilo que lhes vamos oferecendo de nós mesmos.
É normal!
E nós queremos estar à altura.
É um compromisso.
Um compromisso connosco, com elas e com Deus,
que nos chama através delas também.
Às vezes também me sinto mais cansado,
sinto-me perdido,
faço coisas como resposta a sentimentos que tenho que não acho as mais certas,
nem as mais coerentes.
Isso custa-me como a ti.
Mas a conclusão repete-se.
Podemos aproveita-las para crescer ainda mais.
Para tirar uma conclusão,
para perceber quando temos tendência para ir abaixo
e quais são portanto as alturas em que mais temos de lutar.
Em que temos de procurar alguém para falar e nos abrirmos.
E é então que penso que,
se esta vida é uma batalha em que tantas vezes podemos receber coisas tão boas,

então fale a pena passar a vida a lutar…

sábado, novembro 22, 2008

Tenho quase só três coisas…

…As lágrimas rolam-me no rosto. Guardo em mim esta carga pesada que se apodera das minhas feições, que molda os contornos dos meus traços. Nos dias em que me sinto perdido. Perdido interiormente. Perdido pela falta, pelos excessos, pelas reacções e gestos que os reflectem. Quando me sinto fraco e desamparado. Pensar em quem amo, mandar uma mensagem, dar um abraço, dizer uma palavra, olhar nos olhos. Desarma-me. Entrego-me com a minha maior humildade em cada gesto. Preenche-me. Sem esperar nada, admirando em cada um a que me entrego tudo, pelo simples facto de o ser. Sou tão amado que o que chego a sentir, penso quase não merecer. Tenho quase só três coisas. Sonhos, Amor e Fé…

quarta-feira, novembro 19, 2008

A calma e o alento…

…Devemos dizer o que sentimos: claro que com respeito e educação; se soubermos colocarmo-nos no lugar que não é o nosso; se ponderarmos a situação e se a rezarmos, se possível. Penso que toda a gente concorda que é um bom começo, fonte de entendimento, espaço para construção. O problema, às vezes, é conseguir fazê-lo. Melhor, o problema, às vezes, é não conseguir fazê-lo. E não falo das vezes em a barreira surge de medos ou inseguranças. Vou mais além, quando a maior dificuldade é não se conseguir chegar a quem se quer falar; é não conhecer os seus motivos; é não conseguir que os seus olhos se iluminem com o que de mais espontâneo existe em nós. Quando, com quem queríamos falar, não percebe a gratuidade dos nossos gestos, a entrega com que os fazemos, o sentido com que nos movem. Quando com quem queríamos falar, não percebe a falta que essa ausência nos faz sentir, o vazio que nos enche. Das vezes em que sentimos que falta estenderem-nos os braços para podermos abraçar. Daquelas em que esperar começa a cansar, em que nos parecem faltar as bases, em que parece que se tem de falar para explicar um sorriso. Dessas vezes que consigamos então calar com humildade, esperar, manter a calma e o alento. Que saibamos ver menos as coisas dos homens, que nos enchamos das de Deus…

terça-feira, novembro 18, 2008

Como?…

…É algo que é tão relativo. Nasce de onde? Vem do nada? Se me deixar levar pelo que sinto, ou talvez pelo que não consigo sentir, se for ao mais fundo de mim procurar exprimir aquilo que tenho enraizado e que eu mesmo não chego a conseguir delimitar, estarei a criar? E se sair de mim e me observar cada vez mais de longe? A cada momento um pouco mais afastado, dando de cada vez um novo passo para trás, ou para a frente, depende de quem mais me estiver a ver também, estarei a criar? A questão é vermo-nos? De longe ou de perto? Eventualmente deveríamos afastarmo-nos e, lá longe, de onde se vê tudo, podíamos avaliar todo o contexto e, de facto, ao juntar um pouco do tudo que temos em nosso redor, criar com aquilo que nós mesmos temos em nós. Mas será que ao afastarmo-nos perdemos depois o conteúdo? E a coerência? Que tipo de coerência será precisa? Ou não será precisa de todo?…

…No outro dia, fui a correr pelo relvado, saltei bem alto. Gosto de olhar o mar, de ouvir o barulho das ondas e ali ficar, talvez até mais tarde o sol se pôr. Não sei bem porque é que gosto de o fazer. Mas gosto. Gosto de ali ficar, de sentir a aragem, de olhar indefinidamente para algo que, embora não possa agarrar, é também meu. É bonito. Sim, é bonito. Ver coisas bonitas inspira-nos e faz-nos encontrar mais sentido para a vida. Porquê? Acho que é porque tudo o que é bonito faz sorrir e depois, porque sorrir aquece o coração. Porquê? Porque se calhar relaxa-nos mais músculos do que se não o fizéssemos e isso por sua vez pode estimular uma melhor capacidade de relativizar e de nos tranquilizarmos. As massagens também relaxam os músculos e têm o mesmo efeito. Se calhar é por isso que as pessoas também gostam de fazer massagens em locais bonitos. Deve acentuar o efeito e o rendimento das mesmas. Por acaso há muito tempo que não me fazem umas massagens, mas no outro dia estive com os meus avós e soube-me bem estar com eles a passar o tempo calmamente e sem pressas. Gosto tanto deles. Acho que a idade é o maravilhoso aliado que nos permite, se quisermos, tornar a nossa vida coerente. É o maravilhoso elixir que nos atenua as decisões menos correctas que às vezes podemos fazer e que, ainda para mais, nos faz conferir-lhes sentido. Será que um dia vou ser velho também? Quero ser bonito de rugas, saber que as pressas não resultam, que fazer muitas coisas em jovem é fonte de vida, e ter, com uma mão pesada, gestos que alguém mais novo não conseguirá fazer…

…Pode ser isso que é preciso. Alguma idade. Se calhar é a idade que o permite fazer. Teremos de a ter? A partir de que altura acontece? E será que existe depois um limite? Ou será algo que mesmo quando não compreendemos, teremos em nós intrínseco? Como um poder especial. Será que ser velho é como olhar para o por do sol e assim, olhar indefinidamente para algo que, embora não possa agarrar, é também meu? Será que é isso? Ai deixará de surgir só porque sim, mas porque sim. Deixará de vir do nada, para vir do tudo. Terá lógica. Aparecerá porque de facto há esse afastamento, mas porque o afastamento somos nós mesmos a olhar para algo que sempre fomos nós. Em qualquer contexto. Será que é isso então? Um dia quero faze-lo. Quero dar sentido. Quero que a minha pele tenha esse cheiro. Como o que entranha a terra e que se espalhar se por acaso chover. Ser história. Sim, ser história. Ser história deverá ser o mais próximo de, criar…

quinta-feira, novembro 13, 2008

Aqui…

…Onde regresso, onde descanso, onde escrevo estes pedaços soltos da minha história…
…Aqui…
…Onde guardo um pouquinho de mim, onde me rodeio do que me recorda quem amo…
…Aqui…
…Onde as músicas me fazem sonhar…
…Aqui…
…Onde me reencontro, onde Tu me falas sempre claramente…
…Aqui…
…Onde ouço o turbilhão de pensamentos que me percorrem, darem lugar a um silêncio confortante…
…Aqui…
…Onde ganho forças, onde ganho terreno, onde avanço…
…Aqui…
…Onde partilho quem sou, onde já tanto amei…
…Aqui…
…Onde brinco com as cores, com as sombras, com os contornos…
…Aqui…
…Onde falo com o que adquire vida em meu redor…
…Aqui…
…Onde respiro pausadamente, onde me rio de mim mesmo…
…Aqui…
…Onde faço com as minhas mãos…
…Aqui…

…Onde regresso, onde descanso, onde escrevo estes pedaços soltos da minha história

quinta-feira, novembro 06, 2008

Ao Teu jeito…

“Conheces a minha alma. Sabes bem o que se me impõe fazer nela. Fá-lo, pois, ao Teu jeito. Atrai-me a Ti, Deus meu. Enche-me de puro amor a Ti só. Não permitas que jamais me aparte do caminho do teu amor. Mostra-mo com clareza e não permitas que alguma vez o abandone. É quanto me basta. Deixo tudo nas tuas mãos. Tu me guiarás sem desvio algum, sem perigo, e eu te amarei deveras. Pertencer-te-ei exclusivamente. Nada temerei, porque estarei sempre nas Tuas mãos e jamais Te deixarei. ”

(Thomas Merton, Diálogos com o silêncio)