quinta-feira, outubro 30, 2008

Deixa-te voar leve…

…Aceita-o mais ou menos como o caminho que te ensina e faz crescer,
mas que esse crescer não seja angustiante,
que seja certo de que é algo que nos torna ainda maiores
n'Ele
(a única forma de sermos maiores…).
Sei lá… há coisas que nunca vais perceber mesmo,
mas também não o podes mudar… só podes aprender com isso.
Por isso conta até 10,
e depois até 20,
porque 10 nunca chega nessas alturas.
Tens de deixar ao mesmo tempo
existir sempre aquele jovem que chega e de olhos brilhantes a sorrir
e é a pessoa mais feliz do mundo porque sim.
Sim, porque é o que és espontaneamente!
Tens de tentar deixar que essas coisas não te prendam…
Mas também não te preocupes,
é mesmo assim o caminho:
sempre de avanços e recuos.
Aos poucos… se os avanços forem maiores que os recuos,
vamos andando para a frente,
pouquinho cada ano,
bastante na vida toda.

O tesouro está em ti…

domingo, outubro 26, 2008

Flicolida Gericunda Escarlate Joaquina!...

“Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.

Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.”

Ricardo Reis


…Faz-me sempre bem estar contigo. Sabes, mexe comigo todo! Deixa-me sempre mais leve. A tua forma simples de estar, a tua amizade, o teu sorriso, fazem-me bem à alma!…

…”Tiago, sempre que quiseres, telefona que vamos beber um chocolate quente!”…

…Não que tenhamos bebido muitos chocolates. Por acaso, acho que escolhemos sempre outras coisas! Mas estar contigo, é falar com o coração e pensar com a criatividade! E pensar em tudo o que já fizemos juntos e partilhámos?…

…É inquestionável. Gosto de ti! Gosto da pessoa bonita que és. Gosto dos teus trabalhos, da forma como pensas e te entregas, dos pormenores em que reparas. Gosto do teu humor, das nossas gargalhadas juntos, da forma como gerimos a nossa amizade. Gosto de ir ter contigo, gosto de cozinhar contigo ou de te ver a cozinhar. Gosto do facto de adormeceres a ver quase todos os filmes que vemos juntos, e gosto de gostares de pipocas e de fazeres imenso barulho a come-las! Gosto de saber que estou presente nos teus momentos especiais e que tu estás sempre também nos meus. Gosto de saber que de manhã se calhar te faço sorrir por te mandar uma mensagem de bom dia, e gosto de te chamar nomes estranhos, como Flicolida. Gosto da forma como descansas, das músicas que ouves e de ficar calado a ver-te desenhar o tempo que precisares. Gosto de estar em silêncio contigo, gosto de te ajudar, de me fazer gostar do que tu gostas e de sair para disparatar. Gosto dos mesmos shots que tu e gosto de viver coisas novas contigo. Gosto de ver filmagens antigas e de cantar músicas mesmo que desafinadas e gosto de viajar contigo! Gosto dos poemas que escolhes, gosto da tua casa, gosto da tua mãe…

…Por tudo isto. Por tudo o que não consigo dizer. Pela companhia, pelo teu livro, pelos teus quadros, pela tua história, pelo fim-de-semana que passámos, pelos amigos que temos juntos, porque Ele nos deu esta amizade enorme. Porque tudo isto me ajuda a abrir novas portas. Obrigado! Tu sabes quanto. Tocas-me tanto…

quinta-feira, outubro 16, 2008

Até onde será que conseguirá continuar?...

…Simples, de aspecto frágil, um pouco mais velho do que parece: transparece calma, tranquilidade, conforto. Abrigado neste canto em que avalia o seu caminho, sob uma luz ténue e sem pressas, permanece o tempo que for preciso. Tem guardo com ele o sonho de viver grandes histórias, de percorrer longos caminhos, de tocar mundos novos, sempre apoiado por mãos amigas que suportam e encaixam. Envolvido da sua carga, acolhe e oferece boleia a cada um que lhe estende a mão, e por cada um, buzina, abre e fecha as portas, exprime de todas as formas que sabe a sua alegria. Da sua forma única, sorri. Segue de janelas abertas, fresco. Fixa-se na beleza caminho, na certeza do destino, na alegria de conseguir andar sem parar e, na velocidade que lhe parece certa, quase nem repara nos buracos ou na carga pesada que por vezes pedem para transportar. Claro que já teve furos, que já ficou a meio de uma subida, mas o que interessa não é continuar? …

…Olho-o com os olhos do coração. Sei que por vezes também ele sente que tem quase de avançar sozinho, se bem que sempre empurrado por uma das mãos que permanecem. Por vezes, pergunta-se se conseguirá continuar sempre sem parar. Se não seria melhor estacionar algures: num canto acolhedor com uma vista bonita para apreciar. Seria simples! Aliás, poderiam crescer coloridas flores em redor das rodas, ser iluminado todos os dias pelo sol mais quentinho e brilhante, servir como referência vistosa de um local certo por onde se pode passar. Mas será para isso que foi pensado? Será que foi para isso que foi desenhado, moldado? Ou para tudo aquilo que o faz gostar de acelerar, de colocar uma quinta, ligar os máximos, e deixar o seu volante soltar para harmoniosamente rodar? E a possibilidade de arriscar em cada curva, e o gosto de passar pela chuva fresca, de sujar por vezes as rodas nas poças de lama que fazem derrapar? E os locais todos? Todos! Todos aqueles que um dia pensou ainda visitar. Tudo aquilo que um dia sonhou lá poder deixar…

…Claro que é difícil avaliar até onde são os limites, até onde se pode continuar. E se fosses tu? O que achas? E olhando para ele, até onde será que conseguirá continuar? …

quarta-feira, outubro 15, 2008

Foste tu...

“Uma estrada colorida, uma história tão vivida, um livro aberto...
Foste tu!
A saudade a toda à hora, não me mata mas devora os meus sentidos...
Foste tu!

Não te vou esquecer, nem fugir de ti...
Amar, as vezes, faz doer...
Amor faz-me pensar em ti!

Eras pedra preciosa, sensatez, alguém que um dia despertou em mim...
Foste tu!
Tinhas o dom de seduzir-me, o dom de amar e persistir na minha ausência...
Foste tu!

Não te vou esquecer, nem fugir de ti...
Amar, as vezes, faz doer...
Amor faz-me pensar em ti!

Entre a paixão e o adeus foi tão difícil pra mim,
se te magoei não foi por mal...
Ainda espero por ti,
talvez um dia um sinal...

É tão bom olhar para trás, recordar e passar em tantos sítios...
que eram nossos!
Ainda tenho o teu anel, da cor da tua pele e desse beijo...
que era meu!

Não te vou esquecer, nem fugir de ti...
Amar, as vezes, faz doer...
Amor faz-me pensar em ti!”

João Portugal