quarta-feira, julho 23, 2008

No meu cantinho…


…Hoje recebi visitas. Fui mais uma vez felicitado pelos sorrisos de quem partilha comigo mais esta nova etapa da minha vida. Sinto-me cheio, sinto-me acompanhado. Neste cantinho que tornei meu brinco com as luzes e com as cores, misturo os sons e os sentimentos. Toco com atenção o espaço, envolvo-o da poesia que gosto de ler, contemplo até me deixar envolver. Sou eu em cada pormenor e partilho-o com quem dele se deixa abranger. E cada canto traz a emoção das lembranças que guarda, traz os momentos que nele já vivi, traz todos os que foram partilhados. No livro que deixo sobre a bancada, aumentam as palavras amigas de incentivo, aquelas que me tocam directamente o coração e que me fazem ter a certeza que no mundo, o Amor tem morada. Que mora connosco onde o quisermos levar, onde formos dedicação e abertura, onde nos deixarmos sorrir e chorar, sentir frágeis e fortes, onde soubermos que, aconteça o que acontecer, podemos voltar. O meu refugio, a vossa casa…

(O tempo voa… queria agradecer ao pai e à mãe, queria agradecer a todos aqueles que com os seus sorrisos e a sua entrega me ajudaram a viver novos momentos inesquecíveis e, com eles, aos poucos, a construir este espaço que hoje em dia, é o meu lar…

Todo ele, lembranças vossas…)

terça-feira, julho 22, 2008

A caminho de casa…

…Não me recordo agora se sigo com um sorriso rasgado ou se apenas com um daqueles que, embora não se esboce, se sente profundamente. Sigo com calma, nos meus pensamentos que voam ágeis e se entrecruzam. Esqueço-me do tempo, esqueço-me da pressa. A música da rádio toca, sinto com os pés os pedais do carro e olho ao lado o rio e o mar na sua tranquilidade transbordante. Recebo um daqueles presentes enormes que Alguém com um amor incalculável mandou gravar no céu inteiro. As cores sedosas, as nuvens trespassadas pela luz, o sol que se despede lentamente dando lugar apenas à brisa. Faço decore as curvas, revejo os velhos barcos que balouçam e apanham com os salpicos do repuxo, reparo na evolução dos girassóis plantados até ao cume do monte, e olho a tranquilidade das varandas que esperam que alguém se lembre delas no final dos dias quentes…

terça-feira, julho 08, 2008

O texto que não escreveste tu...

…Foi porque não fechaste os olhos antes, porque não colocaste uma música calma e não te deixaste exprimir antes de o ler. Mas não faz mal, não te preocupes. Se calhar não estavas ainda preparada e assim, ficaste com o caminho facilitado. O importante não é teres sido tu a escreve-lo, foi a conclusão a que chegaste. Podes, se quiseres, voltar atrás e escrever como quem olha com o distanciamento certo. Descobrirás que muito mais guardas em ti …

segunda-feira, julho 07, 2008

Achas mesmo que não?...

“Pelo sonho é que vamos,
Comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não frutos,
Pelo Sonho é que vamos.

Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
Que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
Com a mesma alegria,
ao que é do dia-a-dia.

Chegamos? Não chegamos?

-Partimos. Vamos. Somos.”

(Sebastião da Gama)


É normal ficares farta ou aborrecida de vez em quando, menos gentil é que não! Se não entras também no ciclo vicioso…

…Abre a porta e vai. Segue sem parar e olha para as pequenas coisas que te fazem sorrir. Torna-as únicas e grandes. Mima-as, repete-as. E não te esqueças: colheremos aquilo que plantámos no nosso terreno…